domingo, 30 de janeiro de 2011

DIVÓRCIO E RE-CASAMENTO

Algumas considerações:

Para formar uma doutrina temos que ver tudo o que a Bíblia diz sobre o assunto, mas sempre devemos começar no Novo Testamento, pois a Igreja está fundamentada na Doutrina dos Apóstolos. Portanto, primeiro veremos o que Jesus diz sobre o assunto e depois o que os apóstolos disseram.

Para compreendermos bem o assunto temos que primeiro ver os textos claros (aqueles que não dão margem para interpretações) e depois ver os obscuros para que a luz dos claros possamos interpretá-los.

Nunca devemos partir de um caso para a Escritura, mas sim depois de termos uma posição clara, analisarmos cada caso, a luz da Escritura.

Nós temos seguido uma ordem de textos que nos tem ajudado, pois começamos com Jesus e os textos claros, depois os apóstolos e os textos claros, depois olharemos os obscuros.

Vamos a eles:

Marcos 10.2-12 : Aqui está bem clara a posição do Senhor. Os fariseus vem tentá-lo e Ele lhes mostra claramente que quem se separa e casa de novo comete adultério. Não há necessidade de interpretação, o texto está claro. Alguns neste texto querem encontrar apoio para a parte inocente, pois só fala do que repudia e casa de novo, mas não fala sobre o que foi repudiado. Vamos para o próximo texto que esta dúvida será tirada.

Lucas 16.18 : Aqui o Senhor deixa claro que tanto o que repudia como o que é repudiado, se casarem de novo, cometem adultério. O texto não dá margem para interpretações dúbias, ele é bem claro.

Vamos para os apóstolos.

Romanos 7.2-3 : Aqui Paulo, o apóstolo, está dando um exemplo, está mostrando com uma realidade visível, uma realidade espiritual. Alguns dizem que não podemos tomar este texto, pois o tema não é o casamento, mas eu digo que podemos, pois o apóstolo jamais iria exemplificar uma realidade espiritual com uma mentira, ou uma suposição. Portanto, aqui o apóstolo está colocando claramente o seu entendimento sobre o que era um casamento e que ele era indissolúvel, além do mais este mesmo texto é citado, pelo apóstolo, em 1 Cor 7.39 e neste capítulo está falando sobre casamento.

1 Coríntios 7.10-11 : Aqui o apóstolo está dizendo que o Senhor ordena e não ele...isto é muito forte. E o que é que o Senhor ordena: que não se separem, mas se vierem a separar-se que não se casem. Está muito claro, pois o apóstolo está passando o que recebeu do Senhor. Só existem duas opções: ficar casado até que a morte os separe, ou separar-se e ficar só. Não há uma terceira opção.

1 Coríntios 7.12-15 : Aqui o apóstolo deixa bem claro que não é o Senhor que está ordenando, mas sim ele. Será que o apóstolo teria coragem de acrescentar algo ao que o Senhor teria dito, ou mudar o que o Senhor falou? Não, de jeito nenhum. O que o apóstolo fez foi aclarar situações complicadas, de irmãos casados com incrédulos, de pessoas que não queriam conviver juntas, pois o mandamento do Senhor era tão forte quanto a não se separarem que alguns ficavam sofrendo com homens ou mulheres que não queriam mais conviver com eles. Então o apóstolo para estes diz: “...que se o incrédulo quiser apartar-se que se aparte, que o irmão não está obrigado a esta servidão”, mas em momento algum diz para casarem de novo. Se o apóstolo está dizendo que ele permite o novo casamento enquanto o outro estiver vivo, ele está claramente indo contra o que o Senhor disse. Não posso crer que o Senhor diz algo e que o apóstolo vai lá e diz outra coisa.

Vejamos os textos obscuros:

Mateus 19.3-12 : Aqui Jesus está sendo provado pelos fariseus (estamos deixando de lado, propositadamente os textos de Mateus 5, pois falam a mesma coisa que em Mateus 19). O verso 9 é o mais polêmico. Não podemos querer interpretá-lo isoladamente. Isso seria desonestidade para com a palavra de Deus.

Mateus 19.3 : Os fariseus vieram para experimentar a Jesus (todas as vezes que Jesus foi confrontado pelos fariseus, Ele os ridicularizava, e nós, a igreja, sempre ficamos com Jesus, mas me parece que nesta situação não. Aqui muitos ficam do lado dos fariseus). Se analisarmos com cuidado veremos que é mais uma tramóia dos fariseus, como em outras situações, mas a resposta de Jesus está nos vs 4,5 e 6 e não no vs 9.

A pergunta dos fariseus era baseada em uma briga entre duas escolas rabínicas, a de Hillel e a de Shamai.

Mas a preocupação de Jesus era defender a indissolubilidade do casamento, Jesus estava ao lado do Pai, não estava com Hillel ou Shamai.

A resposta de Jesus é clara e contundente: “O que Deus ajuntou, não separe o homem”. Para a pergunta que lhe foi feita, esta foi a resposta, ou seja não tem opção, não pode separar por qualquer motivo ou por motivo algum.

A resposta foi tão contundente e forte que eles (os fariseus) lançaram mão de Moisés, isto fica claro no vs 7: “Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” Se eles tiveram que trazer Moisés na conversa é porque a resposta de Jesus não batia com o que Moisés havia dito.

E no vs 8 Jesus dá uma resposta esclarecedora: “Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres.” E acrescenta algo de muita importância: “Mas não foi assim desde o princípio.” Jesus mais uma vez declara que está com o Pai no princípio e que está resgatando toda a verdade. Houve desvio, mas Ele está ali para trazer de volta a verdade do Pai no princípio.

Então Ele faz a declaração do vs 9, que tem que ser interpretada a luz de tudo o mais que já lemos e de todo o contexto que estamos analisando do capítulo 19. Aqui Jesus usa a mesma expressão do sermão do monte: “Eu porém vos digo...” Todas as vezes que Ele usou esta expressão, Ele foi muito além da exigência da Lei. Era sempre mais duro e radical. Se ficarmos com o contexto todo, veremos que Ele está sendo mais radical do que Moisés.

Portanto, não posso interpretar este texto de outra forma, pois Jesus fechou a porta quando lhe perguntaram: “É lícito repudiar por qualquer motivo...”, depois fechou a porta quando lhe invocaram Moisés, agora Ele recuaria e diria que é lícito repudiar e casar de novo. Não posso crer por causa de todo o contexto e por causa de que está escrito. Vejamos o vs 9.

Aqui temos algo estranho e simples ao mesmo tempo. Estranho porque na maioria das traduções se usa a palavra adultério em duas ocasiões, mas no original grego há duas expressões bem distintas: ali se usa PORNÉIA e depois MOICHEIA.

PORNÉIA = É um termo amplo. Qualquer relação ilícita.

MOICHEIA = É específica para adultério.

A interpretação deste texto deve ser de acordo com o contexto. Se a relação entre um homem e uma mulher for ilícita, ou seja, está em pornéia, a separação é necessária e o casamento dos dois é ilícito. É o caso daqueles que estão vivendo maritalmente, mas podem estar nas seguintes condições:

Primeiro – Os dois são solteiros, estão em fornicação. Devem ser separados e estão livres para casarem-se um com o outro ou com qualquer outro solteiro.

Segundo – Um é solteiro e o outro já foi casado, devem se separar e o solteiro está livre para casar com outro solteiro e o casado deverá ficar só ou se reconciliar com o antigo cônjuge.

Terceiro – Os dois já foram casados com outros, neste caso os dois estão em adultério. Devem se separar, ficarem só ou se reconciliarem com ao antigos cônjuges.

Jesus fechou completamente a porta sobre a questão. Mas somente os discípulos estão aptos para entender e aceitar isto.

A própria reação dos discípulos deixa claro que Jesus foi radical na questão, eles disseram: “Se essa é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.” Chegaram ao ponto de achar que era melhor não casar, pois a condição era uma só: uma vez casado, casado até a morte. Não havia a opção de um novo casamento enquanto o outro estivesse vivo.

Mas a resposta de Jesus a esta questão dos discípulos é contundente, pois Ele diz: “Nem todos podem receber esta palavra (mas qual palavra? A palavra de ficarem só, por causa do reino de Deus), porque alguns nasceram eunucos, outros foram feitos eunucos pelos homens e outros se fazem eunucos por causa do Reino de Deus.”

Conclusão:

O casamento é uma ordem criacional de Deus, não tem nada haver com doutrina ou cerimônia.

Muitos podem dizer que não se casaram “no Senhor” antes da conversão. Agora que estão “no Senhor” devem casar de novo. Este é o pior dos sofismas porque se baseia no egoísmo, na independência e nos desejos da carne.

Se alguém faz o que Deus determinou na criação, Ele chama isso de “uma só carne”. Este decreto na criação é inviolável. Se não fosse assim, todos os casamentos realizados “no mundo” não seriam casamentos e todos os filhos seriam bastardos.

Como o mundo está todo estragado e a Igreja confusa, é necessário haver ensino e restauração da verdade, antes de se tratar os casos complicados. Mesmo assim, é necessário que se trate cada caso com muito zelo pela Palavra de Deus e amor pelas vidas dos homens.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


“...seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro [...], são rebeldes e companheiros de ladrões...” (Miquéias 3.11; Isaías 1.23)
Ainda não fiz 50 anos, e acredito estar presenciando o começo da apostasia – abandono da fé cristã – em nosso Brasil. Acima de qualquer religião, filosofia ou cultura, está o amor. Mas, onde está o amor? Hoje temos igrejas cheias de bancos e “bancos”. Verdadeiros missionários (que foram chamados para uma missão, que amam as pessoas e cuidam delas) estão longe dos microfones, das câmeras, dos cofres. Pessoas passam longe das igrejas porque só conseguem ver um cristianismo mercantil, uma fé no homem, uma comoção em massa que não tem nada de divino, nada de amor ao próximo, nada de uma entrega pessoal, voluntária e generosa. O missionário entrega tudo. O mercenário toma tudo. Meu maior direito como “filho do Rei” é participar daquilo que dá conteúdo, autoridade e propósito ao Cristianismo: a Cruz de Cristo, o Filho de Deus, Único Salvador, Cordeiro Santo que deu a vida por pessoas que não a merecem: nós. Sabe? Gosto de ganhar dinheiro, de ter saúde, de ser valorizado. Mas, quando entreguei minha vida nas mãos do Nazareno Ressurreto, entreguei também meus pecados todos. E ganhei de presente o Seu maravilhoso fardo! Quero gastar meus dias terrenos buscando o prêmio que o ladrão não rouba, que a crise não corrói, que o tempo não desvaloriza. Nada pode se comparar nem comprar o perdão, a plenitude de Deus e a Vida Eterna com Ele, da qual tenho certeza plena e inegociável.

Jairo Larroza, 05jul2010seg21h05m

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EVANGELHO DO REINO

A igreja evangélica está equivocada em muitas práticas, por causa do evangelho que prega, que também é equivocado.

O manual utilizado nestes dias não é o mesmo da igreja de Atos.



Lc 16.16 = “A lei e os profetas vigoraram até João Batista. A partir daí é anunciado o Evangelho do Reino...”



As confusões hoje nas denominações, sempre cheias de inovações, se dá pela utilização do Velho Testamento como fonte de informação.



Todos os mandamentos dados por Deus, através de Moises, aos judeus visava a edificação de uma nação.



Hoje Deus está edificando Sua igreja, a noiva do Cordeiro.



Para a nação de Israel, Salomão construiu um templo, onde Deus visitaria, a qual foi chamada “casa de oração”.



Hoje, a Palavra afirma:



At 7:48 – “O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”.



1Co 6.19 – “nosso corpo é o santuário do Espírito Santo”.



No Novo Testamento não há uma referência sequer de discípulos que tenham construído algum templo para se reunirem, como igreja, nele.



O Velho Testamento era apenas a sombra das coisas que deveriam vir. Hoje já não nos serve como parâmetro a ser seguido.



Hb 1.1-2 – “...hoje nos fala pelo Filho”



At 2.42 - “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...”



Jesus veio pregando o Evangelho do Reino



Mt 4.23; 9.35; Mc 1.14,15; Lc 4.43; 8.1; 9.60)



CONCEITO



Para entendermos o que é Evangelho do Reino, precisamos compreender qual é o pecado do homem.



O problema do homem com Deus não está nas coisas erradas que faz, mas na atitude interior de independência e rebelião.



Os pecados cometidos (mentira, homicídios, furtos, etc.) são conseqüências da atitude interior de independência.



Com o pecado, Adão e toda sua descendência passou a ter o seu EU no governo de sua vida. Passou a viver para si, para sua auto-satisfação.



Isso tornou o homem inútil para Deus, pois não há nada no homem que possa agradar a Deus.



O Evangelho do Reino é a solução para essa situação caída do homem.



O Evangelho do Reino anuncia um Rei, um Senhor.



O Evangelho do Reino é o evangelho que está baseado no Senhorio de Cristo Jesus, e não nas necessidades do homem.



Ele produz o fim da rebelião e da independência do homem.



CONTEÚDO DO EVANGELHO PREGADO POR JESUS



Mc 8.34-35



Lc 14.26 e 33



Paulo compreendeu bem qual a mensagem que deveria transmitir:



1Co 1.17-18



Gl 6.14 = “...na cruz de Cristo...através da qual estou crucificado para o mundo...”



O Evangelho do Reino é a mensagem da morte do homem, de sua crucificação, e o anúncio de um novo Rei, Senhor e dono.



No Eden o homem quis ser Deus, dono de si mesmo. O Evangelho do Reino é a proclamação de que o homem deve morrer, estar crucificado para o mundo; deve negar a si mesmo (seus gostos, vontades, idéias, sabedoria, sentimentos), renunciar a tudo quanto tem ou venha a ter - para que Jesus se torne o Senhor de sua vida; o dono; o que manda.



APLICAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO



O Evangelho do Reino não é para ser pregado apenas, mas, principalmente, deve ser aplicado.



A aplicação do E.R., em primeiro lugar, deve ser em minha vida. Para eu me tornar um discípulo de Cristo devo estar submisso a Ele. Se Ele é o Senhor, o que manda, o que dá as ordens, eu sou o que se submete totalmente.



A submissão não é uma opção, mas uma condição para ser salvo. Ela não é um alvo a ser alcançado, mas está na porta de entrada do Reino de Deus.



Jesus aplicou o Evangelho do Reino.



Mc 10.17-23 = O jovem rico tinha um problema sério que o impediria de seguir incondicionalmente o Senhor: suas riquezas. Jesus aplicou o Evangelho do Reino, estabelecendo que para segui-lo primeiro deveria vender tudo o que possuía e dar aos pobres.Lc 9.57-58

quarta-feira, 23 de junho de 2010

É DE JOELHOS QUE A IGREJA MARCHA

Dobrar os joelhos diante de Deus em oração é uma marca da igreja cristã. Ela começou a sua primeira marcha, de joelhos em um cenáculo – “...todos estes perseveravam unânimes em oração” (Atos 1.14).

• O seu primeiro mártir rendeu a sua vida, “ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7.60), testemunhando aos inimigos a vida de amor e perdão que a comunidade cristã possuía.
• Como uma prova da fé que a igreja depositava na manifestação do poder de Deus, Pedro, diante do corpo de Dorcas, tomado pela morte, “...de joelhos, orou” (Atos 9.4), e ela ressuscitou.
• “...ajoelhados na praia, oramos” (Atos 21.6) é a atitude de Paulo e seus discípulos em Tiro, em sua última viagem missionária.

A igreja seguiu o exemplo de seu Senhor que, na agonia do jardim, “...de joelhos orava” (Lucas 22.41).

Hoje, a igreja precisa marcar a sua história como a igreja primitiva o fez, dobrando seus joelhos diante do Pai, revigorando as suas forças para a grande marcha de inúmeras conquistas, até o dia em que “...se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fillipenses 2.10,11).

Ainda ressoa a voz de Deus dizendo, no passado: “Dize ao meu povo que marche...” (Êxodo 14.15).

sábado, 29 de maio de 2010

Discórdias, Dissensões e Facções: Obras da Carne

Discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino do céu. A advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é clara. Deus não aceita o espírito partidário divisor que domina tantas pessoas religiosas de hoje. Estes pecados correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de Deus (João 17:20-23). Jesus quer que seus seguidores sirvam juntos em harmonia nesta vida e na eternidade.

Para nos ajudar a evitar ou superar estes pecados em nossas vidas, olhemos para algumas coisas que a Bíblia ensina sobre problemas entre irmãos e sobre a paz com Deus e outros cristãos, e então veremos o que separa pessoas religiosas.

Algumas coisas que não devem causar divisão:

1 - Diferenças de opinião não destroem a comunhão. Homens bons podem diferir sobre vários pormenores de como fazer a obra de Deus sem perder seu respeito mútuo. Um exemplo claro disto é a discordância entre Paulo e Barnabé em Atos 15:36-41. Dois evangelistas devotos e experientes tinham uma diferença de opinião sobre se levavam João Marcos na sua viagem de pregação. Ambos tinham boas razões para suas posições. Paulo lembrou que Marcos tinha-os abandonado quando o caminho se tornou difícil em sua primeira viagem (Atos 13:13). Barnabé, já conhecido por sua habilidade para encorajar e edificar seus irmãos, ainda tinha esperança de que Marcos viria a ser um companheiro confiável. Este otimismo mostrou-se correto (2 Timóteo 4:11), mas as preocupações imediatas de Paulo também eram compreensíveis. Como estes dois homens maduros lidaram com suas diferenças? Eles permitiram um ao outro a liberdade de fazer sua obra sem sentir a necessidade de ataque pessoal ou denúncia do caráter de seus camaradas soldados.

2 - Discussões de diferenças doutrinárias não causam divisão. Algumas pessoas são tão paranóicas sobre a possibilidade de divisão que evitam qualquer sugestão de diferenças, e consideram discussões de assuntos polêmicos como sendo anticristãs. Tal aversão à controvérsia não vem de Deus. Iniciando quando ele tinha somente 12 anos, Jesus freqüentemente teve discussões sobre diferenças doutrinárias com líderes religiosos do seu tempo. Ele tratava os questionadores honestos com bondade e respeito, mas não hesitava em afirmar seus pontos de vista e em mostrar a inconsistência daqueles que se opunham à Verdade (veja Mateus 22:29; 23:13-39; João 5:37-42; etc.) Os cristãos primitivos também discutiam abertamente as diferenças doutrinárias e assim permitiam que a luz da Verdade brilhasse na treva do erro humano. Um excelente exemplo de tal discussão é encontrado em Atos 15:1-35. Alguns irmãos na igreja de Jerusalém estavam ensinando uma doutrina que contradizia o que Deus tinha revelado a Paulo e a outros. Os apóstolos e presbíteros e, mais tarde, toda a congregação, sentaram-se para discutir o problema. Homens de boa fé permitiram que a Verdade prevalecesse, e seus debates conduziram a concordância unânime e a paz mais profunda.

3 - Diferenças de níveis de maturidade e de consciência pessoal não causam divisão. Enquanto as pessoas continuarem a nascer na família de Cristo, haverá diferenças de níveis de maturidade. Isto é natural e não deverá causar divisões. Paulo abordou especialmente este assunto em Romanos 14. Quando há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior deverão respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma liberdade. Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, se amam verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são freqüentemente resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor (Efésios 4:15-16).

Algumas coisas que causam divisão:

1 - Falsas doutrinas causam divisão. Doutrinas que contradizem as Escrituras, pregadas freqüentemente por motivos egoístas, criam divisão (Romanos 16:17-18). Aqueles que espalham tais erros são fortemente condenados e devem ser evitados (Tito 1:10-16; 3:10-11). Falsos ensinamentos conduzem à divisão porque não poderá haver comunhão entre a luz e as trevas (2 Coríntios 6:14 - 7:1). Deus espera que os justos se separem dos desobedientes. Esta é uma forma de divisão que tem que ser instigada pelos fiéis para se manterem livres da impureza da falsa doutrina e das práticas pecaminosas. Nem todas as separações ou divisões são erradas porque a palavra de Deus exige que nos separemos daqueles que persistem no erro.

2 - Desrespeito pela consciência de um irmão causa divisão. Em Romanos 14:13-17, Paulo falou de coisas que não eram erradas em si, mas disse que é divisor e falta de amor insistir em exercer liberdades se elas farão um irmão tropeçar. Este princípio freqüentemente exige que nos abstenhamos de práticas que poderíamos considerar lícitas de modo a manter paz com nossos irmãos. Determinação egoísta em fazer o que queremos do modo que queremos, sem respeito para com as dúvidas honestas de nossos irmãos, reflete uma arrogância sem amor que inevitavelmente cria discórdia. Paulo ensina que deveremos buscar amorosamente entender nossos irmãos mais fracos e manter a paz com eles.

3 - Sectarismo territorial causa divisão. Pessoas religiosas em nossos dias estão demasiadamente preocupadas com "nós" e "eles" e "nosso" e "deles" e pouco preocupadas com as coisas de Deus. Jesus ofereceu uma solução simples e direta para tal atitude arrogante: "Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós" ou "... quem não é contra nós é por nós" (Lucas 9:49-50; Marcos 9:40). Essas palavras de Jesus não devem ser esticadas para dizer que devemos aceitar cegamente a todos (veja Mateus 12:30, que mostra que não podemos ficar neutros sobre Jesus; ou somos a favor, ou somos contra ele). Mas estes textos de fato mostram que não devemos rejeitar alguém só porque ele não pertence ao nosso grupo. Muitas pessoas estão ocupadas em julgar as raízes quando devem estar julgando os frutos (Mateus 7:15-16).

Muitas das coisas escritas em nossos dias sobre a herança religiosa de vários grupos deve soar para Deus como tolice sem propósito. Paulo tinha uma linhagem religiosa tão boa como qualquer um à volta dele, mas dizia que considerava isso tudo "perda por causa de Cristo" porque ele punha total confiança em Cristo e sua justiça (Filipenses 3:7-11). Paulo não estava preocupado com a aprovação ou a permissão de qualquer homem ou organização humana (Gálatas 1:10-12,17), somente com a pregação e a prática do puro evangelho de Jesus Cristo. Em vez de agir como políticos que precisam fazer uma pesquisa de opinião para saber de que lado o vento está soprando, precisamos estar firmemente assentados sobre a rocha da verdade de Deus (Efésios 4:11-16,24). Se estamos firmes com Deus, não importa quantos homens estejam contra nós. Certamente os relatos de Gideão e os midianitas, Davi e Golias, e Elias e os falsos profetas são suficientes para nos convencer de que a força não está em nos acharmos alinhados com a facção mais forte da cidade. Deus sempre vence, e a vitória é garantida para aqueles que permanecem com ele (Romanos 8:31-39).

4 - Orgulho e inveja causam divisão. Nenhuma carta do Novo Testamento fala mais sobre divisão do que 1 Coríntios. As facções na igreja coríntia eram o resultado de comportamentos carnais de pessoas que estavam mais preocupadas com suas próprias reputações e influências do que estavam com o povo de Deus (leia cuidadosamente 1 Coríntios 3:1-17). Quando os homens são apanhados na carnalidade de tentar mostrar que nossas igrejas são maiores do que as igrejas deles, que nossos projetos são melhores do que os projetos deles e que nossos pregadores são mais eloqüentes do que os pregadores deles, as contendas são inevitáveis. Se pensarmos que somos maiores e melhores, seremos dominados pelo orgulho. Se temermos que outros estejam ganhando a corrida, seremos dominados pela inveja e o ciúme. Não importa quem está na frente; todos que estão na corrida estão errados! Vergonha para aqueles que rebaixarem a obra do Senhor ao nível de uma competição atlética. Deixem as competições e a busca de reconhecimento humano na planície de Sinear e retornem à pregação da mensagem simples da cruz de Cristo (1 Coríntios 2:1-5; veja Gênesis 11:1-9).

A surpreendente chave para a paz real

É interessante que Jesus freqüentemente nos diga para buscarmos as bênçãos que ele promete em lugares inesperados. Àqueles que queriam ser exaltados, ele disse que olhassem para baixo e lavassem os pés de seus irmãos (João 13:14-15). Àqueles preocupados com necessidades físicas, ele disse que buscassem as coisas espirituais (Mateus 6:31-34). E àqueles que querem a paz com os homens, ele diz que busquem a sabedoria pura que vem de cima. Se começarmos a buscar a paz, é bem provável que acabemos com nada mais do que alianças impuras com pessoas infiéis. Mas se partirmos para buscar e seguir a Verdade, receberemos o benefício extra da paz com Deus e seu povo. "A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica..." (Tiago 3:17). Não podemos reverter a ordem. Se pusermos a paz acima da pureza na pregação e na prática, terminaremos em desavença com Deus. Mas se nos devotarmos a proclamar e a seguir a pura mensagem de Jesus Cristo, gozaremos paz eterna com Deus e seu povo (1 Coríntios 1:10; Efésios 2:11-22).

"Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14:19).

sábado, 1 de maio de 2010

CARÁTER E CARISMA: VIDA EQUILIBRADA

Deus deseja que sejamos um determinado tipo de gente: gente à semelhança de Seu Filho. Gente aprovada por Ele, de quem Ele se agrada. Jesus, em seu batismo, ouviu a voz do Pai, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me alegro” (Mateus 3.17).

Anos atrás, perguntávamos: Como devemos ser para agradar ao Pai? A nossa resposta sempre era: como Jesus! E ainda é!

Duas coisas sempre descobrimos em Jesus: um caráter de santidade permanente e um portador de todos os dons (carismas) do Pai e do Espírito Santo. Tais coisas não vinham como secções separadas ou acrescentadas à sua pessoa. Eram parte dele, de sua Pessoa. Pelo poder do Espírito Santo, isso precisa acontecer conosco.

Alguns irmãos só se impressionam com os carismas (dons). Especialmente com os mais visíveis e espetaculares. Não seria errado, se estivessem igualmente impressionados com o fruto do Espírito, o caráter de Jesus.

Outros irmãos se tornam frios às manifestações do Espírito, enfatizando que são secundárias em relação ao caráter moral que se exige de um discípulo. Mas, como? O sobrenatural, o que o Espírito Santo realiza, enche as páginas da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.

Não temos que enfatizar um aspecto em detrimento do outro. Às vezes encontramos isto entre nós: só doutrina, só palavra, só louvor, só curas, só disciplina e autoridade, etc.

Temos a tendência de polarizar as verdades de Deus, opondo-as: fé sem obediência (como se fosse possível), obediência sem fé, amor sem autoridade, cruz sem a graça, graça sem a cruz.

Carisma sem Caráter? Não! Caráter sem Carisma? Não!Irmãos, fiquemos com tudo que é de Deus. Amém.


Moysés Cavalheiro de Moraes

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NOSSO CHAMAMENTO

1) Chamado para ser filho semelhante a Jesus - o projeto

2) Chamado para ser santo - a condição

3) Chamado para ser discípulo de Cristo - o meio

4) Chamado para ser servo - a atitude

"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o seu decreto." Rm 8:28 e 29
"Rogo-vos, pois irmãos, que andeis de forma digna da vossa vocação com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" Ef 4:1,2
Paulo expõe uma verdade que deveria mudar para sempre o nosso comportamento e o nosso estado de ânimo. Ele fala de algo absoluto, sem relativismo. SABEMOS QUE TODAS AS COISAS.
Com muita sinceridade devemos reconhecer que esse versículo não é uma realidade em muitos de nós, em diversas circunstâncias. Não discernimos, em vários momentos, os efeitos positivos de situações desagradáveis que muitas vezes vêm sobre nós. Achamos que, de alguma forma os acontecimentos, os prejuízos, as dores, as enfermidades, as tribulações, certamente produzirão boa coisa em nossa vida, em nosso caráter. Mas, a rigor, não temos a certeza falada por Paulo. Ele fala de um saber e não de uma desconfiança. E aqui não é uma questão de fé, de esperança, mas de algo que eu sei; algo que já constatei. Existem situações em minha vida que me trouxeram problemas ou aflições e que já computei como prejuízo, e pronto! Não vi resultado prático, e nesse caso assumo como erros que cometi e que produziram suas conseqüências. Não joguei a culpa em Deus. Mas existem outras situações nas quais não cometi erro (uma batida de carro, um furto em minha casa, uma perda de uma amizade, uma ofensa que me fizeram), onde não vi o retorno, a transformação em bênção.
Deus é injusto? Ainda que eu pudesse falar como Jó (9:32) "Pois ele não é homem, como eu, para eu lhe responder, para nos encontrarmos em juízo", não teria coragem pois, sei que o problema não está com Deus mas comigo. Na verdade, onde está o problema? Ouso afirmar que o que falta para nós, em primeiro lugar, é uma convicção, não de que Deus pode mudar o mal em bem, mas falta uma consciência de que amamos a Deus acima de todas as coisas, com todo o coração, todo o entendimento, todas as forças e, além disso, falta a clareza do chamamento. Gostaria de tomar um tempo para pensar sobre isso: o que eu sei sobre o meu chamamento? Confundimos isso com um chamamento para um ministério específico, ou para ir para um lugar específico. O chamamento de Deus não começa com fazer algo, mas em ser algo. Na minha lista inicial o chamamento que denota o fazer, a execução de alguma coisa está em último lugar - chamado para ser servo. Quando Jesus chama os seus discípulos, depois de uma noite em oração, ele os chama, em primeiro lugar para estar com ele e, depois, para enviar a pregar.

1. Deus nos chama para ser filhos - esse é o projeto

"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome" Jo 1:12
"como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" Ef 1:4,5
Esse é mais importante chamamento, pois trata de algo ligado à essência de Deus. Ele é Pai. Toda a família da terra toma esse nome como suporte à sua própria estrutura. Isto é, a família somente existe por causa da paternidade. Foi a paternidade que gerou a família. Esse é o centro, o alvo do projeto de Deus, pois aponta o que ele quer construir: uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Ao aprendermos sobre a paternidade de Deus, descobrimos o que é ser filho. Se entendermos que somos filhos, descobriremos que somos herdeiros da sua santidade, seu caráter, sua forma de ser, e das outras riquezas na glória. Descobriremos que o Pai amoroso sabe do que temos necessidade e descansaremos na sua provisão. Nós, sendo maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos. Ele muito mais que nós, nos concederá a salvação, através da morte do unigênito-primogênito, e com ela, as demais coisas que precisamos. Precisamos aprender com o Espírito Santo o que significa ser filhos de Deus. Somente o Espírito Santo pode nos revelar a natureza paterna de Deus. Ele nos faz chamar ao Deus Eterno e Tremendo de paizinho - Aba.

2. Deus nos chama para sermos santos - essa é a condição

"Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo." Levítico 11:45
"Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo." Levítico 19:2 2.3.
"Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus." Levítico 20:7
" E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus." Levítico 20:26
"como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade" Efésios 1:4
"dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz." Cl 1:12, 22 73
" e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida." Lc 1:74,75
" para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos." 1 Ts 3:13 Rm 6:19, 22; 2Co 7:1; 1Ts 4:3,4,7; Hb 12:14
Santidade - essa é a qualidade dos filhos de Deus. Essa é a condição para estarmos em sua presença. Sem santidade não podemos manter contato com ele. Ele é Santo, santo, santo. Deus não quer um filho qualquer. Ele quer filhos santos. Separados do mal, da perversidade, da mentira, do roubo, do engano. Separados para ele, para andar com ele, para estar diante dele. Ser santo é o que vai permitir estar na sua presença. Ser santo não é somente abandonar o pecado, mas é separar o coração e a vida para o Senhor. É abominar o mal, sentindo o mesmo ódio que ele tem em relação ao que não é santo. É abominar até a roupa contaminada pela sujeira. É ter uma mente fixa no Senhor, e uma mentalidade ungida pelo Espírito Santo.

3. Chamados para ser discípulos - esse é o meio

"E todos os teus filhos serão discípulos do SENHOR; e a paz de teus filhos será abundante." Isaías 54:13
" Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo." Lucas 14:26
" E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo." Lucas 14:27
"Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo." Lucas 14:33
Ser discípulo de Jesus é estar disposto a aprender pela imitação da vida de Cristo na força do Espírito Santo. Não é uma questão de repetir atos ou ações do Senhor, mas é permitir que os atos de Jesus fluam de dentro de nós por uma operação do Espírito de Cristo. Olhar para Jesus, aprender com ele a sermos mansos e humildes de coração é a essência do discipulado. Ninguém pode se chamar de discípulo de Jesus, sem ter, pelo menos a disposição de coração de ser totalmente manso e totalmente humilde. O projeto de Deus somente pode ser alcançado se formos discípulos. Andar em discipulado é estar sendo cuidado por Jesus, através de alguém, que toca em nossas vidas na sua totalidade.
O pastoreamento que recebemos inclui ensino nas mais diversas áreas de nossas vidas. Somos ensinados para viver em família, no cuidado com as finanças, no trato com os irmãos, na vida devocional, no ministério ao Senhor e no cuidar de outros discípulos. SE o alvo da vida de Jesus aqui foi glorificar ao Pai manifestando seu nome aos homens, o alvo do discípulo de Jesus deve ser o mesmo.
É importante salientar que ninguém pode fazer discípulo de forma efetiva se não for um discípulo de forma definida, isso é, se alguém não o conduz, não o pastoreia, então de forma alguma pode cuidar de outra pessoa. Ser discípulo e fazer discípulo: eis o que deve ocupar as nossas vidas. Esse é o nosso ministério aqui na terra.

4. Chamado para ser servo - essa é a atitude

"e qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo" Mateus 20:27
" Porém o maior dentre vós será vosso servo." Mateus 23:11
" Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais." 1 Coríntios 9:19
"Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens" Filipenses 2:7
Mansidão e humildade são as colunas principais e iniciais de toda a edificação na vida de um discípulo de Jesus. Não se pode pensar em Jesus sem lembrar de sua atitude de descer das maiores alturas para viver entre nós. Ele expressa em sua palavra que a humildade se mostrou na forma de serviço. Ninguém pode se dizer servo de Deus sem ter um caráter manso e humilde a ponto de servir. Servir a Deus e servir aos homens, Jesus foi a humildade encarnada e essa humildade se manifestou no fato de servir a nós. Não foi somente um jogo de cena o que ele fez na noite em que foi traído. Ele tomou uma bacia e uma tolha e lavou os pés poeirentos de homens simples. Isso ele fez sabendo da disputa que havia entre eles para saber quem era o maior.
O serviço é a demonstração mais clara da humildade de alguém. A humildade não é uma postura externa. É uma atitude interna que se expressa pelo serviço. A mansidão se expressa nas reações ante as provocações e acontecimentos da vida, mas a humildade é mostrada quando se serve a alguém, quando se honra a alguém, quando se prefere em honra a outra pessoa, quando se dá o melhor lugar. O servo não procura seus interesses mas, os interesses daquele a quem serve.
Compreendendo o nosso chamamento e assumindo que é isso que o Senhor tem para nós então vamos perceber que Ele vai fazer com que as coisas (todas) vão cooperar para o nosso bem. E o nosso bem é ser filho, ser santo, ser discípulo e ser servo. Quando compreendemos e assumimos o nosso chamado vamos ser cooperadores de Deus permitindo que ele atue em nós usando todos os meios que se fizerem necessários para nos levar à condição de filhos, e filhos parecidos com o primogênito. Esse é o padrão, essa é a base. Andemos, pois de forma digna desse nosso chamamento, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, levando nos ombros uns aos outros em amor, pois isso glorifica ao Pai.
Sejamos seus colaboradores nessa lavoura que somos. Temos um projeto de vida: ser filhos. Sabemos qual é a condição: ser santos. Jesus nos disse qual o meio: ser discípulos. Ele nos revelou qual a atitude: ser servos.