quarta-feira, 23 de junho de 2010

É DE JOELHOS QUE A IGREJA MARCHA

Dobrar os joelhos diante de Deus em oração é uma marca da igreja cristã. Ela começou a sua primeira marcha, de joelhos em um cenáculo – “...todos estes perseveravam unânimes em oração” (Atos 1.14).

• O seu primeiro mártir rendeu a sua vida, “ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7.60), testemunhando aos inimigos a vida de amor e perdão que a comunidade cristã possuía.
• Como uma prova da fé que a igreja depositava na manifestação do poder de Deus, Pedro, diante do corpo de Dorcas, tomado pela morte, “...de joelhos, orou” (Atos 9.4), e ela ressuscitou.
• “...ajoelhados na praia, oramos” (Atos 21.6) é a atitude de Paulo e seus discípulos em Tiro, em sua última viagem missionária.

A igreja seguiu o exemplo de seu Senhor que, na agonia do jardim, “...de joelhos orava” (Lucas 22.41).

Hoje, a igreja precisa marcar a sua história como a igreja primitiva o fez, dobrando seus joelhos diante do Pai, revigorando as suas forças para a grande marcha de inúmeras conquistas, até o dia em que “...se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fillipenses 2.10,11).

Ainda ressoa a voz de Deus dizendo, no passado: “Dize ao meu povo que marche...” (Êxodo 14.15).

sábado, 29 de maio de 2010

Discórdias, Dissensões e Facções: Obras da Carne

Discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino do céu. A advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é clara. Deus não aceita o espírito partidário divisor que domina tantas pessoas religiosas de hoje. Estes pecados correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de Deus (João 17:20-23). Jesus quer que seus seguidores sirvam juntos em harmonia nesta vida e na eternidade.

Para nos ajudar a evitar ou superar estes pecados em nossas vidas, olhemos para algumas coisas que a Bíblia ensina sobre problemas entre irmãos e sobre a paz com Deus e outros cristãos, e então veremos o que separa pessoas religiosas.

Algumas coisas que não devem causar divisão:

1 - Diferenças de opinião não destroem a comunhão. Homens bons podem diferir sobre vários pormenores de como fazer a obra de Deus sem perder seu respeito mútuo. Um exemplo claro disto é a discordância entre Paulo e Barnabé em Atos 15:36-41. Dois evangelistas devotos e experientes tinham uma diferença de opinião sobre se levavam João Marcos na sua viagem de pregação. Ambos tinham boas razões para suas posições. Paulo lembrou que Marcos tinha-os abandonado quando o caminho se tornou difícil em sua primeira viagem (Atos 13:13). Barnabé, já conhecido por sua habilidade para encorajar e edificar seus irmãos, ainda tinha esperança de que Marcos viria a ser um companheiro confiável. Este otimismo mostrou-se correto (2 Timóteo 4:11), mas as preocupações imediatas de Paulo também eram compreensíveis. Como estes dois homens maduros lidaram com suas diferenças? Eles permitiram um ao outro a liberdade de fazer sua obra sem sentir a necessidade de ataque pessoal ou denúncia do caráter de seus camaradas soldados.

2 - Discussões de diferenças doutrinárias não causam divisão. Algumas pessoas são tão paranóicas sobre a possibilidade de divisão que evitam qualquer sugestão de diferenças, e consideram discussões de assuntos polêmicos como sendo anticristãs. Tal aversão à controvérsia não vem de Deus. Iniciando quando ele tinha somente 12 anos, Jesus freqüentemente teve discussões sobre diferenças doutrinárias com líderes religiosos do seu tempo. Ele tratava os questionadores honestos com bondade e respeito, mas não hesitava em afirmar seus pontos de vista e em mostrar a inconsistência daqueles que se opunham à Verdade (veja Mateus 22:29; 23:13-39; João 5:37-42; etc.) Os cristãos primitivos também discutiam abertamente as diferenças doutrinárias e assim permitiam que a luz da Verdade brilhasse na treva do erro humano. Um excelente exemplo de tal discussão é encontrado em Atos 15:1-35. Alguns irmãos na igreja de Jerusalém estavam ensinando uma doutrina que contradizia o que Deus tinha revelado a Paulo e a outros. Os apóstolos e presbíteros e, mais tarde, toda a congregação, sentaram-se para discutir o problema. Homens de boa fé permitiram que a Verdade prevalecesse, e seus debates conduziram a concordância unânime e a paz mais profunda.

3 - Diferenças de níveis de maturidade e de consciência pessoal não causam divisão. Enquanto as pessoas continuarem a nascer na família de Cristo, haverá diferenças de níveis de maturidade. Isto é natural e não deverá causar divisões. Paulo abordou especialmente este assunto em Romanos 14. Quando há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior deverão respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma liberdade. Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, se amam verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são freqüentemente resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor (Efésios 4:15-16).

Algumas coisas que causam divisão:

1 - Falsas doutrinas causam divisão. Doutrinas que contradizem as Escrituras, pregadas freqüentemente por motivos egoístas, criam divisão (Romanos 16:17-18). Aqueles que espalham tais erros são fortemente condenados e devem ser evitados (Tito 1:10-16; 3:10-11). Falsos ensinamentos conduzem à divisão porque não poderá haver comunhão entre a luz e as trevas (2 Coríntios 6:14 - 7:1). Deus espera que os justos se separem dos desobedientes. Esta é uma forma de divisão que tem que ser instigada pelos fiéis para se manterem livres da impureza da falsa doutrina e das práticas pecaminosas. Nem todas as separações ou divisões são erradas porque a palavra de Deus exige que nos separemos daqueles que persistem no erro.

2 - Desrespeito pela consciência de um irmão causa divisão. Em Romanos 14:13-17, Paulo falou de coisas que não eram erradas em si, mas disse que é divisor e falta de amor insistir em exercer liberdades se elas farão um irmão tropeçar. Este princípio freqüentemente exige que nos abstenhamos de práticas que poderíamos considerar lícitas de modo a manter paz com nossos irmãos. Determinação egoísta em fazer o que queremos do modo que queremos, sem respeito para com as dúvidas honestas de nossos irmãos, reflete uma arrogância sem amor que inevitavelmente cria discórdia. Paulo ensina que deveremos buscar amorosamente entender nossos irmãos mais fracos e manter a paz com eles.

3 - Sectarismo territorial causa divisão. Pessoas religiosas em nossos dias estão demasiadamente preocupadas com "nós" e "eles" e "nosso" e "deles" e pouco preocupadas com as coisas de Deus. Jesus ofereceu uma solução simples e direta para tal atitude arrogante: "Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós" ou "... quem não é contra nós é por nós" (Lucas 9:49-50; Marcos 9:40). Essas palavras de Jesus não devem ser esticadas para dizer que devemos aceitar cegamente a todos (veja Mateus 12:30, que mostra que não podemos ficar neutros sobre Jesus; ou somos a favor, ou somos contra ele). Mas estes textos de fato mostram que não devemos rejeitar alguém só porque ele não pertence ao nosso grupo. Muitas pessoas estão ocupadas em julgar as raízes quando devem estar julgando os frutos (Mateus 7:15-16).

Muitas das coisas escritas em nossos dias sobre a herança religiosa de vários grupos deve soar para Deus como tolice sem propósito. Paulo tinha uma linhagem religiosa tão boa como qualquer um à volta dele, mas dizia que considerava isso tudo "perda por causa de Cristo" porque ele punha total confiança em Cristo e sua justiça (Filipenses 3:7-11). Paulo não estava preocupado com a aprovação ou a permissão de qualquer homem ou organização humana (Gálatas 1:10-12,17), somente com a pregação e a prática do puro evangelho de Jesus Cristo. Em vez de agir como políticos que precisam fazer uma pesquisa de opinião para saber de que lado o vento está soprando, precisamos estar firmemente assentados sobre a rocha da verdade de Deus (Efésios 4:11-16,24). Se estamos firmes com Deus, não importa quantos homens estejam contra nós. Certamente os relatos de Gideão e os midianitas, Davi e Golias, e Elias e os falsos profetas são suficientes para nos convencer de que a força não está em nos acharmos alinhados com a facção mais forte da cidade. Deus sempre vence, e a vitória é garantida para aqueles que permanecem com ele (Romanos 8:31-39).

4 - Orgulho e inveja causam divisão. Nenhuma carta do Novo Testamento fala mais sobre divisão do que 1 Coríntios. As facções na igreja coríntia eram o resultado de comportamentos carnais de pessoas que estavam mais preocupadas com suas próprias reputações e influências do que estavam com o povo de Deus (leia cuidadosamente 1 Coríntios 3:1-17). Quando os homens são apanhados na carnalidade de tentar mostrar que nossas igrejas são maiores do que as igrejas deles, que nossos projetos são melhores do que os projetos deles e que nossos pregadores são mais eloqüentes do que os pregadores deles, as contendas são inevitáveis. Se pensarmos que somos maiores e melhores, seremos dominados pelo orgulho. Se temermos que outros estejam ganhando a corrida, seremos dominados pela inveja e o ciúme. Não importa quem está na frente; todos que estão na corrida estão errados! Vergonha para aqueles que rebaixarem a obra do Senhor ao nível de uma competição atlética. Deixem as competições e a busca de reconhecimento humano na planície de Sinear e retornem à pregação da mensagem simples da cruz de Cristo (1 Coríntios 2:1-5; veja Gênesis 11:1-9).

A surpreendente chave para a paz real

É interessante que Jesus freqüentemente nos diga para buscarmos as bênçãos que ele promete em lugares inesperados. Àqueles que queriam ser exaltados, ele disse que olhassem para baixo e lavassem os pés de seus irmãos (João 13:14-15). Àqueles preocupados com necessidades físicas, ele disse que buscassem as coisas espirituais (Mateus 6:31-34). E àqueles que querem a paz com os homens, ele diz que busquem a sabedoria pura que vem de cima. Se começarmos a buscar a paz, é bem provável que acabemos com nada mais do que alianças impuras com pessoas infiéis. Mas se partirmos para buscar e seguir a Verdade, receberemos o benefício extra da paz com Deus e seu povo. "A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica..." (Tiago 3:17). Não podemos reverter a ordem. Se pusermos a paz acima da pureza na pregação e na prática, terminaremos em desavença com Deus. Mas se nos devotarmos a proclamar e a seguir a pura mensagem de Jesus Cristo, gozaremos paz eterna com Deus e seu povo (1 Coríntios 1:10; Efésios 2:11-22).

"Assim, pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14:19).

sábado, 1 de maio de 2010

CARÁTER E CARISMA: VIDA EQUILIBRADA

Deus deseja que sejamos um determinado tipo de gente: gente à semelhança de Seu Filho. Gente aprovada por Ele, de quem Ele se agrada. Jesus, em seu batismo, ouviu a voz do Pai, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me alegro” (Mateus 3.17).

Anos atrás, perguntávamos: Como devemos ser para agradar ao Pai? A nossa resposta sempre era: como Jesus! E ainda é!

Duas coisas sempre descobrimos em Jesus: um caráter de santidade permanente e um portador de todos os dons (carismas) do Pai e do Espírito Santo. Tais coisas não vinham como secções separadas ou acrescentadas à sua pessoa. Eram parte dele, de sua Pessoa. Pelo poder do Espírito Santo, isso precisa acontecer conosco.

Alguns irmãos só se impressionam com os carismas (dons). Especialmente com os mais visíveis e espetaculares. Não seria errado, se estivessem igualmente impressionados com o fruto do Espírito, o caráter de Jesus.

Outros irmãos se tornam frios às manifestações do Espírito, enfatizando que são secundárias em relação ao caráter moral que se exige de um discípulo. Mas, como? O sobrenatural, o que o Espírito Santo realiza, enche as páginas da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.

Não temos que enfatizar um aspecto em detrimento do outro. Às vezes encontramos isto entre nós: só doutrina, só palavra, só louvor, só curas, só disciplina e autoridade, etc.

Temos a tendência de polarizar as verdades de Deus, opondo-as: fé sem obediência (como se fosse possível), obediência sem fé, amor sem autoridade, cruz sem a graça, graça sem a cruz.

Carisma sem Caráter? Não! Caráter sem Carisma? Não!Irmãos, fiquemos com tudo que é de Deus. Amém.


Moysés Cavalheiro de Moraes

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NOSSO CHAMAMENTO

1) Chamado para ser filho semelhante a Jesus - o projeto

2) Chamado para ser santo - a condição

3) Chamado para ser discípulo de Cristo - o meio

4) Chamado para ser servo - a atitude

"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o seu decreto." Rm 8:28 e 29
"Rogo-vos, pois irmãos, que andeis de forma digna da vossa vocação com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor" Ef 4:1,2
Paulo expõe uma verdade que deveria mudar para sempre o nosso comportamento e o nosso estado de ânimo. Ele fala de algo absoluto, sem relativismo. SABEMOS QUE TODAS AS COISAS.
Com muita sinceridade devemos reconhecer que esse versículo não é uma realidade em muitos de nós, em diversas circunstâncias. Não discernimos, em vários momentos, os efeitos positivos de situações desagradáveis que muitas vezes vêm sobre nós. Achamos que, de alguma forma os acontecimentos, os prejuízos, as dores, as enfermidades, as tribulações, certamente produzirão boa coisa em nossa vida, em nosso caráter. Mas, a rigor, não temos a certeza falada por Paulo. Ele fala de um saber e não de uma desconfiança. E aqui não é uma questão de fé, de esperança, mas de algo que eu sei; algo que já constatei. Existem situações em minha vida que me trouxeram problemas ou aflições e que já computei como prejuízo, e pronto! Não vi resultado prático, e nesse caso assumo como erros que cometi e que produziram suas conseqüências. Não joguei a culpa em Deus. Mas existem outras situações nas quais não cometi erro (uma batida de carro, um furto em minha casa, uma perda de uma amizade, uma ofensa que me fizeram), onde não vi o retorno, a transformação em bênção.
Deus é injusto? Ainda que eu pudesse falar como Jó (9:32) "Pois ele não é homem, como eu, para eu lhe responder, para nos encontrarmos em juízo", não teria coragem pois, sei que o problema não está com Deus mas comigo. Na verdade, onde está o problema? Ouso afirmar que o que falta para nós, em primeiro lugar, é uma convicção, não de que Deus pode mudar o mal em bem, mas falta uma consciência de que amamos a Deus acima de todas as coisas, com todo o coração, todo o entendimento, todas as forças e, além disso, falta a clareza do chamamento. Gostaria de tomar um tempo para pensar sobre isso: o que eu sei sobre o meu chamamento? Confundimos isso com um chamamento para um ministério específico, ou para ir para um lugar específico. O chamamento de Deus não começa com fazer algo, mas em ser algo. Na minha lista inicial o chamamento que denota o fazer, a execução de alguma coisa está em último lugar - chamado para ser servo. Quando Jesus chama os seus discípulos, depois de uma noite em oração, ele os chama, em primeiro lugar para estar com ele e, depois, para enviar a pregar.

1. Deus nos chama para ser filhos - esse é o projeto

"Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome" Jo 1:12
"como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" Ef 1:4,5
Esse é mais importante chamamento, pois trata de algo ligado à essência de Deus. Ele é Pai. Toda a família da terra toma esse nome como suporte à sua própria estrutura. Isto é, a família somente existe por causa da paternidade. Foi a paternidade que gerou a família. Esse é o centro, o alvo do projeto de Deus, pois aponta o que ele quer construir: uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Ao aprendermos sobre a paternidade de Deus, descobrimos o que é ser filho. Se entendermos que somos filhos, descobriremos que somos herdeiros da sua santidade, seu caráter, sua forma de ser, e das outras riquezas na glória. Descobriremos que o Pai amoroso sabe do que temos necessidade e descansaremos na sua provisão. Nós, sendo maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos. Ele muito mais que nós, nos concederá a salvação, através da morte do unigênito-primogênito, e com ela, as demais coisas que precisamos. Precisamos aprender com o Espírito Santo o que significa ser filhos de Deus. Somente o Espírito Santo pode nos revelar a natureza paterna de Deus. Ele nos faz chamar ao Deus Eterno e Tremendo de paizinho - Aba.

2. Deus nos chama para sermos santos - essa é a condição

"Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo." Levítico 11:45
"Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo." Levítico 19:2 2.3.
"Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus." Levítico 20:7
" E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus." Levítico 20:26
"como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade" Efésios 1:4
"dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz." Cl 1:12, 22 73
" e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida." Lc 1:74,75
" para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos." 1 Ts 3:13 Rm 6:19, 22; 2Co 7:1; 1Ts 4:3,4,7; Hb 12:14
Santidade - essa é a qualidade dos filhos de Deus. Essa é a condição para estarmos em sua presença. Sem santidade não podemos manter contato com ele. Ele é Santo, santo, santo. Deus não quer um filho qualquer. Ele quer filhos santos. Separados do mal, da perversidade, da mentira, do roubo, do engano. Separados para ele, para andar com ele, para estar diante dele. Ser santo é o que vai permitir estar na sua presença. Ser santo não é somente abandonar o pecado, mas é separar o coração e a vida para o Senhor. É abominar o mal, sentindo o mesmo ódio que ele tem em relação ao que não é santo. É abominar até a roupa contaminada pela sujeira. É ter uma mente fixa no Senhor, e uma mentalidade ungida pelo Espírito Santo.

3. Chamados para ser discípulos - esse é o meio

"E todos os teus filhos serão discípulos do SENHOR; e a paz de teus filhos será abundante." Isaías 54:13
" Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo." Lucas 14:26
" E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo." Lucas 14:27
"Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo." Lucas 14:33
Ser discípulo de Jesus é estar disposto a aprender pela imitação da vida de Cristo na força do Espírito Santo. Não é uma questão de repetir atos ou ações do Senhor, mas é permitir que os atos de Jesus fluam de dentro de nós por uma operação do Espírito de Cristo. Olhar para Jesus, aprender com ele a sermos mansos e humildes de coração é a essência do discipulado. Ninguém pode se chamar de discípulo de Jesus, sem ter, pelo menos a disposição de coração de ser totalmente manso e totalmente humilde. O projeto de Deus somente pode ser alcançado se formos discípulos. Andar em discipulado é estar sendo cuidado por Jesus, através de alguém, que toca em nossas vidas na sua totalidade.
O pastoreamento que recebemos inclui ensino nas mais diversas áreas de nossas vidas. Somos ensinados para viver em família, no cuidado com as finanças, no trato com os irmãos, na vida devocional, no ministério ao Senhor e no cuidar de outros discípulos. SE o alvo da vida de Jesus aqui foi glorificar ao Pai manifestando seu nome aos homens, o alvo do discípulo de Jesus deve ser o mesmo.
É importante salientar que ninguém pode fazer discípulo de forma efetiva se não for um discípulo de forma definida, isso é, se alguém não o conduz, não o pastoreia, então de forma alguma pode cuidar de outra pessoa. Ser discípulo e fazer discípulo: eis o que deve ocupar as nossas vidas. Esse é o nosso ministério aqui na terra.

4. Chamado para ser servo - essa é a atitude

"e qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo" Mateus 20:27
" Porém o maior dentre vós será vosso servo." Mateus 23:11
" Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais." 1 Coríntios 9:19
"Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens" Filipenses 2:7
Mansidão e humildade são as colunas principais e iniciais de toda a edificação na vida de um discípulo de Jesus. Não se pode pensar em Jesus sem lembrar de sua atitude de descer das maiores alturas para viver entre nós. Ele expressa em sua palavra que a humildade se mostrou na forma de serviço. Ninguém pode se dizer servo de Deus sem ter um caráter manso e humilde a ponto de servir. Servir a Deus e servir aos homens, Jesus foi a humildade encarnada e essa humildade se manifestou no fato de servir a nós. Não foi somente um jogo de cena o que ele fez na noite em que foi traído. Ele tomou uma bacia e uma tolha e lavou os pés poeirentos de homens simples. Isso ele fez sabendo da disputa que havia entre eles para saber quem era o maior.
O serviço é a demonstração mais clara da humildade de alguém. A humildade não é uma postura externa. É uma atitude interna que se expressa pelo serviço. A mansidão se expressa nas reações ante as provocações e acontecimentos da vida, mas a humildade é mostrada quando se serve a alguém, quando se honra a alguém, quando se prefere em honra a outra pessoa, quando se dá o melhor lugar. O servo não procura seus interesses mas, os interesses daquele a quem serve.
Compreendendo o nosso chamamento e assumindo que é isso que o Senhor tem para nós então vamos perceber que Ele vai fazer com que as coisas (todas) vão cooperar para o nosso bem. E o nosso bem é ser filho, ser santo, ser discípulo e ser servo. Quando compreendemos e assumimos o nosso chamado vamos ser cooperadores de Deus permitindo que ele atue em nós usando todos os meios que se fizerem necessários para nos levar à condição de filhos, e filhos parecidos com o primogênito. Esse é o padrão, essa é a base. Andemos, pois de forma digna desse nosso chamamento, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, levando nos ombros uns aos outros em amor, pois isso glorifica ao Pai.
Sejamos seus colaboradores nessa lavoura que somos. Temos um projeto de vida: ser filhos. Sabemos qual é a condição: ser santos. Jesus nos disse qual o meio: ser discípulos. Ele nos revelou qual a atitude: ser servos.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tolerância ao pecado

Se um homem não conhece ao Senhor, ele não será capaz de conhecer a Igreja. Muitos estão bastante satisfeitos com a condição da Igreja hoje, porque diante do Senhor não enxergam. Eles não têm visto quem está sentado sobre o trono; não têm visto os diferentes aspectos da glória do Senhor e suas virtudes. Se conhecer ao Senhor você conhecerá o pecado do homem e também o pecado da Igreja. A solução para todo o problema depende de quanto você conhece o Senhor.

Quem conhece somente um pouco de Deus tem pouca revelação de Deus e é mais tolerante com as coisas presunçosas. Mas, de cada um que permanece diante do Senhor, Ele remove a tolerância para com aquilo que não esteja de acordo com sua vontade. Uma vez que recebamos revelação do Senhor, Ele remove tudo que não esteja de acordo com sua vontade. Então perceberemos que se quisermos ser santos, teremos o Senhor; se não quisermos ser santos, perderemos a comunhão com Ele.

Se conhecemos o Senhor, condenaremos seu povo que anda de acordo com os próprios desejos; se não conhecemos o Senhor suficientemente, toleraremos o andar deles de acordo o seu próprio desejo. Muitas vezes uma pessoa tolera os cristãos porque não é suficiente fiel a Cristo. Sua perda de fidelidade ao Senhor é resultado de ele ainda não ter revelação para conhecer o Senhor que condena isto como pecado. Há vezes inclusive em que devemos escolher a quem devemos servir.

Extraído de: “Ortodoxia da Igreja". Watchman Nee. Editora Árvore da Vida

domingo, 31 de janeiro de 2010

Crianças perpétuas em Cristo


É devastador ver uma criança que é subdesenvolvida física ou
mentalmente. Mas o que é pior é ver cristãos ficando mais velhos,
mas que não crescem na fé. Por que é pior? Porque é uma condição
por escolha; é uma condição auto-imposta. Este foi o problema na igreja
em Corinto que deixou mais complexo, se é que não causou, muitos
outros problemas. Paulo chama tais cristãos de “crianças em Cristo.” Ele
diz: “Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido: porque
ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis.” (1
Coríntios 3:2). Ser “crianças em Cristo” não é o problema; continuar
sendo crianças em Cristo é.


Crianças perpétuas são o resultado de negligência. O crescimento
espiritual não é um acidente. Requer nutrição espiritual e não é menos
importante que a física. Deus diz que devemos “desejar o genuíno leite
espiritual” para que por ele possamos crescer (1 Pedro 2:2). O
crescimento no conhecimento é essencial para o crescimento na fé
(Romanos 10:17). Aqueles que continuam a negligenciar oportunidades
de conhecer e crescer prejudicam a si mesmos e atrapalham sua
utilidade no serviço do Senhor. Mas não é só isso.


A falta de conhecimento também torna crianças perpétuas presas fáceis
para Satanás. A palavra de Deus no coração do homem fornece uma
defesa muito necessária contra o pecado. O salmista diz, “Guardo no
coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo
119:11). Além disso, a palavra de Deus fornece a armadura que
precisamos para enfrentar as astúcias do diabo (Efésios 6:10-20). Pedro
relata Satanás como um leão que ruge andando buscando quem poderia
devorar, e nos diz a resistir a ele “firmes na fé” (1 Pedro 5:8-9).
Obviamente, aqueles que são fracos na carne serão mais vulneráveis.


Finalmente, a criança perpétua em Cristo sempre será prejudicando em
ensinar a outros o evangelho que ele não aprendeu. Deus disse que
devemos estar prontos a dar uma resposta àqueles que buscam um
motivo para nossa esperança (1 Pedro 3:15). Podemos? Crescemos
como devemos? Se não, por que não começar agora?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A OBRA DE DEUS

Um dia ao começar a vida cristã, achava que Deus havia me chamado para fazer alguma coisa pra Ele. Depois de muito esforço e quase nada feito, descobri que todo esforço de Deus era para fazer algo em mim pelo Espírito. Sua obra não necessita de mim, eu é que necessito Dele. Neste momento o sentimento é paradoxal, cessam-se os esforços e humanamente só preciso descer à casa do oleiro, então percebo que o trabalho de Deus de fato tem inicio em mim. A sensação é terrível: Perda de tempo, vergonha, desmoronamento...

A impressão é que Deus está falando: Agora consegui te vencer, posso fazer tudo novo, um vaso, livre, como sempre sonhei. A gloria da cruz é a vitória de Deus sobre o que é humano. (Anônimo)

O perigo de cobiçarmos o aplauso dos homens

Os cristãos que têm ministério público são os que correm mais risco de cair em dificuldades, porque podem, com muita facilidade, ser tentados a ouvir o aplauso e louvor dos homens. Pregadores, cuidado! É necessário clamar a Deus para que Ele ajude a ouvir apenas a voz Dele, não das multidões que nos elogiam e nos colocam em pedestais. Os princípios de Deus costumam ser opostos aos nossos. Embora tenhamos esperança de que todos gostem de nós e nos aceitem, Jesus ensinou: “Ai de vós, quando todos vos louvarem” (Lc 6:26).

Nunca se satisfaça com o chamado de Deus em si nem com os dons que Ele lhe dá. Contente-se apenas com o próprio Jesus Cristo. Muitos ouvem a voz de Deus chamá-los para serem "pescadores" do Reino de Deus. Os apóstolos ouviram Jesus dizer: “Passemos para a outra margem”. (Mc 4:35). Então remaram pelo lago, levando o Mestre, “assim como estava no barco” (v.36). Jesus adormeceu e desabou uma tempestade enorme.

Quando você prosseguir em seu ministério, não deixe Jesus “dormindo” em seu barco! Você pode tentar remar sozinho ou realizar seu ministério com as próprias forças, mas não irá muito longe se o Senhor estiver "dormindo". Os discípulos logo viram que “as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água”. (v.37). ! “Acorde” Jesus e faça Dele o Senhor e Mestre de todos os seus atos! Inúmeros ministérios e igrejas receberam Jesus com alegria no passado, mas hoje prosseguem pela sua própria força e seguindo seus projetos enquanto o Senhor “dorme” no meio deles.
Extraído do livro : "O Homem do Céu"; Irmão Yun ; Editora Betânia.
(Livro que relata a história sofrida de um cristão perseguido na China.)

Reflexão: Malaquias 3: 14-18 ; 4: 1-2

"Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam. Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve. PORQUE eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria." (Malaquias 3: 14-18 / 4: 1-2)

Sem nenhum escrúpulo, tem sido pregado um falso evangelho, que distorce completamente as verdades que separam o homem do mundo, da glória terrena, das ambições materais e de poder. Os homens estão recebendo de bom grado este falso evangelho, que não os conduz à vontade de Deus, mas aos desejos egocêntricos lastreados por uma falsa espiritualidade.

Os verdadeiros cristãos, ao contrário, sofrem todos os dias com o sistema mundano, que é governado por Satanás. Estes devem estar a cada dia com seus olhos fitos no Rei Jesus e contemplar a cada dia a recompensa que não é material e que será dada na pátria eterna. Que o Senhor possar iluminar nossos olhos, para que desejemos os tesouros eternos e rejeitemos aquele que perece.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O fundamental e o desnecessário

Recebi no meu email a seguinte historinha: "Quando a NASA começou a mandar astronautas para o espaço, rapidamente descobriu que as canetas esferográficas não escreviam em gravidade zero. Para combater este problema, os cientistas da NASA gastaram uma década e 1,2 milhões de dólares numa projeto para solucionar tal problema. Enfim desenvolveram uma caneta que escrevia em gravidade zero, de cabeça pra baixo, debaixo d´água, em qualquer superfície e a temperaturas extremas. Como os russos solucionaram o mesmo problema? Usaram um lápis."

Isso me faz pensar na Igreja. Assim como os engenheiros da NASA, nós também temos uma missão: "Ir por todo o mundo e fazer discípulos de todas as nações". Mas creio que gastamos mais tempo e recursos pensando e elaborando a forma (que é desnecessária) do que com a essência (que é fundamental).

Vejamos o exemplo de Moisés. Ele sabia da importância de viver o fundamental e não se importar com o desnecessário. Ele "preferiu ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar dos prazeres do pecado por algum tempo" (Hebreus 11.25). Ao ser chamado para libertar o povo de Deus do Egito, ele poderia dizer: - Aqui do palácio eu tenho tecnologia de ponta, influência política, qualidade de vida para pensar melhor e várias outros recursos. Acho que ficar aqui vai ser mais produtivo e melhor para meu precioso trabalho de libertar o povo de Israel.

Podia ter pensado isso, mas ele preferiu ser maltratado com o povo de Deus. Ficar no palácio de Faraó não era pecado, feio ou do diabo, mas era desnecessário. Quantas coisas nós fazemos que são desnecessárias? Muitas, mas muitas mesmo! O problema é que muitas dessas coisas tomam o lugar do que é fundamental. Aí, deixamos de fazer o essencial, o que Deus nos pediu para fazer e ficar preocupados com o desnecessário.

A Bíblia é simples e nos ensina a viver o fundamental. Tem um famoso versículo que diz "O Senhor é meu pastor e nada me faltará". Por ele, chego a seguinte conclusão: se eu acho que algo me falta, ou o Senhor não é o meu pastor ou eu estou querendo demais. "Ah irmão! Não é bem assim né!?" É sim. Se o Senhor é nosso pastor, nada nos falta. O problema é que estamos medindo isso pelos critérios de um mundo materialista.

Alguns crentes dizem que ter carro é fundamental e sofrer é desnecessário. Os valores estão invertidos. Jesus, Paulo, João Batista, os apóstolos e os profetas todos foram maltratados. Também foram bem-sucedidos, pois fizeram o que era fundamental. Não estou dizendo que temos que ser maltratados, mas temos que fazer o fundamental independente das conseqüências, se for ser maltratado, Glória a Deus!

E a Igreja hoje, onde se encaixa nisso tudo? Na medida que ela se preocupa mais com o desnecessário do que com o fundamental. Por exemplo, cadeiras nos templos religiosos são desnecessários. Flores e quadros nos templos também. Placa e fachada bonita, paredes, CNPJ, aparelhagem de som, carpete, púlpito, pregações que não formam discípulos, apenas entretem... tudo isso é desnecessário. O que é fundamental para Deus? Pessoas santas, discípulos a imagem e semelhança de Cristo! E de toda essa lista é a única coisa que interessa para satisfazer o propósito eterno de Deus de uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, o resto é desnecessário (Aliás, até o templo é desnecessário, e mesmo assim, ainda chamam o templo de “casa de Deus” como se Deus habitasse em templos feitos por mãos humanas.). Pois aonde a Igreja do Senhor Jesus (o Corpo de Cristo) se reunir será local santo. Como disse, não é pecado ter o desnecessário. Algumas dessas coisas são até bonitas e simpáticas, mas não são fundamentais.

Fazer discípulos, batizar e ensinar a guardar todas as coisas que Jesus mandou é fundamental. Poderíamos estar fazendo isso crendo, obedecendo e cooperando. Já pensou se todas as Igrejas do mundo vendessem tudo que citei acima e transformassem em Bíblias, remédios, alimentos, roupas, moradias e tantas outras coisas que as pessoas precisam? Além do sustento dos obreiros que estão em tempo integral na obra. Poderíamos dá um testemunho bem melhor ao mundo! Mas, não é essa a primeira preocupação. Quantas igrejas em que vamos a primeira coisa que o pastor vem nos mostrar são as obras para ampliação do templo, depois se preocupam em expandir suas organizações religiosas, suas placas? E para isso estas instituições precisam das multidões (de onde se obtem recursos) e fazem de tudo para conseguirem as multidões para si, falam em nome de Deus e para atrair a massa, oferecem os benefícios de Deus, o que Ele pode oferecer, não que seja errado, mas adorar e buscar mais o interesse próprio, as curas e os milagres de Deus do que o próprio Deus, é idolatria. Não é da vontade do Senhor.

Devemos escolher a melhor parte, e essa é JESUS, precisamos dia-a-dia negarmos a nós mesmos, tomarmos a nossa cruz, perdermos a vida, renunciarmos a tudo que temos e passarmos a contemplar Jesus nas 24hs do dia, nos entregarmos ao seu governo, sujeitando e cooperando com a edificação da igreja(crescimento espiritual dos santos em Cristo) fazendo a sua vontade, amando e conhecendo a Deus mais e mais todos os dias! Para isso precisamos ser sua igreja, a raça eleita, sua nação santa, seu sacerdocio real, seu povo de propriedade adquirida por Ele!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PAIXÃO PELO PROPÓSITO

Jo 4.34-35. Aqui está um texto que quero olhar com cuidado junto com vocês. Quando nós entendemos o Propósito Eterno de Deus a única maneira de continuar a viver é para que este Propósito seja atingido.Deus tem nos levado a repetir isto. É fundamental para as nossas vidas a conquista delas por este Propósito, pois só assim iremos partir para conquistá-lo.Muitas vezes temos falado de Fp 3.12-14. O mêdo que tenho é que em nossos corações isto não esteja ardendo como deve arder. A expectativa que está em meu coração é que todos tenhamos paixão pelo Senhor e esta mesma paixão tenhamos pela sua obra. Ex. Meus 23 anos de paixão pelo Senhor e sua obra.

I. O QUE MOTIVAVA O SENHOR ?

A minha comida é fazer a vontade do Pai, e realizar a sua obra. Eu não esqueço de comer: E Jesus está colocando aqui que fazer a vontade do Pai e a sua obra deve ser algo tão básico e instintivo quanto o comer.Não sei quanto está entranhado em nossos corações o fazer a obra, como está o desejo de comer todas as refeições.Se não encontro em meu coração esta mesma dimenção de desejos então devo buscar arrependimento, pois gradativamente tenho sido afastado do Seu Propósito.Jamais pode deixar de arder em nossos corações o desejo de ser discípulos e de ganhar discípulos para o Senhor.Este desejo tem que ser tão básico quanto o comer, como tomar o café, como almoçar ou jantar.Deve arder dentro de mim, todo o tempo, o desejo de ganhar vidas. Nós temos que poder declarar o mesmo que Jesus: A minha comida é fazer a vontade do Pai, e realizar a sua obra.O perigo da religiosidade.Amados, nós não podemos permitir que com o passar do tempo a vontade de Jesus deixe de ser a nossa vontade, que a obra de Jesus deixe de ser a nossa obra, que a paixão diminua.Todos nós corremos o risco de cairmos em religiosidade e isto acontece quando deixamos de dar a primazia ao Senhor e enchemos nossas vidas com outras coisas que não a sua obra.Sutilmente, estas coisas começam a ocupar o meu tempo e começa a me afastar da obra do Senhor e de seu Propósito.

QUAL É A VONTADE DO PAI ?

Repetir o propósito.Ler 1 Tm 2.4 . Enfatizar a salvação e o pleno conhecimento. A minha comida é fazer a vontade do Pai. Qual é a vontade do Pai ? Que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. E realizar a sua obra. Qual é a obra que Deus nos mandou fazer? Fazer discípulos de todas as nações...batizando-os....O que o Senhor espera de nós é que: Sejamos e façamos discípulos. A teoria está ótima, mas a diferença que esta verdade fará é se ela está de fato ardendo em nossos corações a ponto de estarmos vivendo-a contínuamente.Quanto estou comprometido com o Propósito?Estou comprometido com o seu Propósito a ponto de ser o que motiva cada ação minha. Qualidade e quantidade.Arde em meu coração o desejo de reproduzir, de dar fruto para o Senhor, pois se isto não arde em meu coração o propósito ainda não conquistou o meu coração. ainda não sou movido por ele.É total incoêrencia, qualquer discípulo de Jesus, não estar contínuamente desejando ganhar vidas, multipliar para o Reino do Senhor. Tem algo errado em meu coraçào se ele não está comprometido em fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra.Alguns podem estar pensando: “Lá vem o Mário repetindo isto”. Como posso deixar de repetir se esta é a vontade do Pai, e Ele espera que seja realizada por nós.

II. VAMOS VOLTAR A JOÃO 4 PARA VER ALGUNS ENFOQUES

São coisas simples que o Senhor tem mostrado, mas é a Palavra de Deus e está palavra tem o poder de gerar fé em nossos corações. Aleluia!!!

A. Jo 4.1 - Jesus fazia discípulos, o que nós temos que fazer? A minha comida é fazer a vontade do Pai, e realizar a sua obra.

B. Jo 4.6 - O que diz aí ? Jesus estava cansado. Jesus estava o quê? Cansado. Nós nunca sentimos isto? Depois de um dia de trabalho? Ainda temos que ir para: Praça, discipulado, contato, ai, ai, ai .A palavra no original significa “exaustão”. Tem alguém assim aqui? Cansado até a exaustão. Isto não é um privilégio meu e nem teu, Jesus também cansava. Jesus pede água, estava com sede. Era meio-dia, o sol estava bem encima.Os discípulos foram fazer o que na cidade? Comprar comida. Então Jesus estava com? Fome.Parece ter alguma semelhança conosco: Cansado, com sede e com fome.

C. Jo 4.8 - O que diz aí? O que estava ocupando o pensamento dos discípulos? Comida. Qual era a única coisa? Comida. Existe alguma diferença entre Jesus e os Discípulos? Sim. Tem alguns discípulos que só tem preocupação com o seu alimento natural, não que isto esteja errado. O que tem ocupado o meu pensamento? É o trabalho, ganhar mais; é a família, é o filho, é o casamento, são os estudos. Tudo isto é legítimo e é dado por Ele. Mas qual tem sido a minha comida? A vontade do Pai e a sua Obra? Jesus estava cançado, com sede e com fome, mas no seu coração estava o desejo de fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra.O coração dos discípulos estava aonde? Na comida. Eles foram para a cidade evangelizar? foram dar ganchos? Falaram tanto do Reino que esqueceram de comprar comida? Não.Eles não tinham carga pela cidade, pelas vidas. Só tinham carga por uma coisa? Por sua própria comida.Olhem só a diferença com Jesus! Por favor acompanhem com atenção, pois isto é muito importante.Jesus está sentindo tudo o que sentimos. Podia estar pensando: “Eu não quero nem saber, não vou falar com esta mulher. Já falei muito hoje, estou cançado. Eu mereço um descanço, um pouco de comida e de água”.Jesus não pensou assim. Ele viu aquela mulher e a viu como uma pessoa sedenta e faminta de Deus.Jesus sabia da situação que aquela mulher se encontrava? Sim, ou não? Que ela vivia em adultério? Já tinha tido quantos maridos? E o que tens não é teu.Como ficamos quando vamos falar com alguém nestas condições? Sexto casamento. Ficamos com um pé atrás? Esta pessoa está toda enrolada, nem vou pregar. Jesus pensava assim? Não. Mas nós pensamos. Eu penso assim.Sabe porquê? Porque não creio na graça de Deus pra libertar aquela vida. E os nossos olhos não estão abertos para a totalidade do que Deus quer.Mas Jesus não via assim, Jesus via alguém que podia ser atingida pelo amor do Pai e ser transformada pelo seu poder. Jesus tinha uma visão que depois dela viriam muitas vidas.

D. Jo 4.39 - O que diz aí? Muitos creram.

E. Jo 4.41 - O que diz aí? Muitos outros. Observem: Nós temos a mulher samaritana, atrás dela o vs 39- muitos samaritanos, atrás destes o vs 41- muitos outros samaritanos.Lembramos de Felipe quando foi para Samaria (em At 8), o que aconteceu? Vamos ler At 8.5 . Multidões.Nós temos Jesus exausto, mas ao ver uma mulher Ele vê uma multidão, pois Ele sabia da sua obra na cruz e podia ver Felipe descendo para esta região e multidões se convertendo.Nós conseguimos ver isto? Ex. Dos postes em fila. Senhor tira a venda dos nossos olhos para ver como tu vês e fazer como tu fazes a obra do Pai.

F. Jo 4.27 - O que diz aí? Qual foi a reação deles? Ficaram assustados, quase escandalizados.

G. Jo 4.28-30 - O que diz aí? Quando a mulher sai, ela vai anunciar sobre Jesus aos samaritanos. Saí para pregar coisa que os apóstolos não fizeram na cidade.

H. Jo 4.31-33 - O que diz aí? Eles querem dar comida para Jesus, isto mostra que a cabeça deles ainda estava na? Comida. Eles tinham estado na cidade onde muitos se converteram e muitos outros também? algum havia se convertido através de algum deles? tem registro na Escritura que alguém se converteu através deles? Por quê? O coração estava longe, ocupado com outras coisas. Nas suas coisas, seu trabalho, seu estudo, sua familia, seu carro, sua casa, pensando nas suas coisas, não na vontade e nem na obra do Pai.Quando viram a mulher só houve repreenção em seus corações para com o Mestre. Eles não tiveram a visão de Deus sobre aquela vida.Eles não viram que atrás daquela mulher viriam 1,2,3,100, 1000.Qual é a visão que temos das pessoas que passam por nós na rua, no onibus, no banco, em qualquer lugar? Nós vemos todos os que estão atrás deles? Vem um, depois muitos, depois muitos outros, depois uma multidão. Venha o teu reino, vem antes do pão nosso. O nosso coração arda com isso. Ex. Jo 4.53 - um, toda a sua casa. Ex. Cornélio e toda a sua casa. Ex. O carcereiro e toda a sua casa. Ex. Lídia e toda a sua casa.Podemos encher os nossos corações de fé para ver que através de uma vida Deus pode atingir uma multidão? Amém? Deus quer que tu e todos os que tu relacionas cheguei a Ele, Deus quer atingir a todos. Aleluia!!!Deus tem uma estratégia que funciona quando eu e tu somos discípulos e arde em nós a sua vontade e a sua obra.Desejo que Deus esteja gerando fé em nossos corações. Eu creio que Deus está gerando fé em nossos corações.Podemos dizer juntos com Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.Não estou falando de algo que vai acontecer, mas estou falando de coisas que já aconteceram e continuarão a acontecer entre nós. Aleluia!!Vamos repetir: “Eu e a minha casa....”. Vamos orar, por isso, agora.

I. Jo 4.35 - O que diz aí? Jesus está dizendo: “Para de dar desculpas, para de colocar impecílios”. Não falta quatro meses para frutificares. As pessoas já estão prontas esperando que falemos a elas. Existe uma mentira colocada pelo Diabo - que as pessoas não querem Deus; que é difícil pregar o Evangelho do Reino; que as pessoas não querem ouvir. Mas o Senhor está nos dizendo: “Erguei os vossos olhos, pois os campos já estão brancos”, vamos crer em quem Igreja? Vamos repreender está mentira de nossas mentes. Vamos buscar colírio para os nossos olhos para ver como Jesus vê e não como estamos vendo.Vamos tirar as vendas, as desculpas, os impecílios, não vamos colocar, mas sim tirar, em Nome de Jesus.

Mario Roberto Fagundes